Ulysses diz que “é muito cedo” para se falar em disputa de Prefeitura
BRASÍLIA (30.10.2023) – Em entrevista ao programa ‘X da questão’, da TV Rio Branco, o deputado federal Coronel Ulysses (União-AC) fez no domingo (29) um balanço de sua atuação parlamentar na Câmara dos Deputados. Abordou temas relevantes da política nacional, sucessão municipal, invasão de terras, direito de propriedade, segurança pública, reforma agrária, e medidas para alavancar o desenvolvimento do Acre. Apresentado por José Alex, o programa teve a participação dos advogados Robson Aguiar de Souza e Valdir Perazzo Leite.
Instado sobre uma possível candidatura à Prefeitura de Rio Branco, Ulysses avaliou: “ainda é muito cedo para tratarmos desse assunto. Aliás, entendo que alguns pré-candidatos queimaram a largada, desnecessariamente. Quem manda é o povo, não adianta forçar a barra com candidaturas antecipadas”. Para Ulysses, o atual momento é trabalhar em prol do Acre, invés de discutir sucessão municipal. Salientou que, hoje, as prioridades seriam apoiar todos os municípios do Acre, além de ajudar Rio Branco a resolver questões relacionadas à infraestrutura, saneamento básico, desenvolvimento socioeconômico do Estado, além das questões cruciais enfrentadas pelo País. E lembrou: “a eleição municipal só ocorrerá daqui um ano”.
Apesar de reconhecer que ainda é cedo para se debater a eleição municipal, Ulysses afirmou que há, nos bastidores, um forte movimento (de deputados, senadores e de partidos, por exemplo) para colocar seu nome na disputa pela Prefeitura de Rio Branco. No entanto, o deputado pontou: “estou andando, ouvindo as pessoas; o termômetro é saber o que a população quer e deseja para Rio Branco, que precisa se desenvolver. E resolver problemas que perduram há anos, pois tivemos administrações desastrosas, principalmente quando o PT estava governando o Estado e o Município”.
Na avaliação de Ulysses, as administrações [do PT] patrocinaram retrocessos no desenvolvimento do Acre e de Rio Branco em áreas cruciais como educação, geração de emprego e renda. “A segurança é um exemplo disso: quando assumi o comando-geral da Polícia Militar do Acre (PMAC), e, posteriormente atuando da Secretaria de Segurança, o Acre era o segundo Estado mais violento do País. À época, por exemplo, Rio Branco era a capital mais violenta, com 63 homicídios para cada 100 mil habitantes, mas, com trabalho e dedicação, reduzimos a taxa para 19 homicídios”, frisou Ulysses. Devido a esse feito, o Acre foi homenageado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, em Brasília, por ser o Estado que mais reduziu os índices de violência.
“Essa é a prova de que sabemos como fazer, o que é gestão, o que é administrar. E quando temos essa experiência, aumenta o desejo de contribuir mais com nosso Estado e nossa capital Rio Branco, que foi muito bondosa comigo”, enfatizou Ulysses. “Na minha eleição [em 2022], Rio Branco me deu a 2a maior votação [mais de 13 mil votos] de todos os deputados federais”, lembrou. Por essa razão, Ulysses afirmou ter uma enorme gratidão com a capital, “e, lá em Brasília, tenho trabalhado para liberar emendas, encaminhar recursos, para cá”. E acrescentou: “se for da vontade da população, pois que manda é o povo, que eu seja candidato, estou preparado para o desafio”.
“Governo do PT é desastre na economia”
A situação econômica do País foi outro tema abordado por Ulysses no programa ‘X da questão”. O deputado citou como exemplo o déficit público gerado pelo governo [do PT] em apenas dez meses no poder. Lembrou, por exemplo, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o Brasil com um superavit de mais de R$ 70 bilhões. “Mas, infelizmente, em pouco mais de dez meses desse governo, o déficit já ultrapassa R$ 140 bilhões. Gastaram os R$ 70 bilhões [ deixados por Bolsonaro] existentes em caixa e gastaram aquilo que não tinham”, lembrou Ulysses, para quem o governo Lula “tem se mostrado um desastre para o País”.
Um reflexo da má gestão econômica do governo do PT, observou Coronel Ulysses, “tem acarretado prejuízos imenso os brasileiros”. Exemplo disso, segundo ele, além do déficit causado, o desmantela da economia causou a redução dos repasses constitucionais do FPE (Fundo de Participação dos Estados) e do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) aos Estados e Municípios. “Por conta disso, muitos [prefeitos] que fizeram o L estão arrependidos, decepcionados”. Ulysses lembrou ainda que a redução desses repasses afetou drasticamente o Acre, um Estado que depende substancialmente desses recursos.
Direito de propriedade, reforma agrária e invasões
Ulysses fez, também, contundente defesa do direito à propriedade, cláusula pétrea constante do art. 5o, inciso XXIII, da Constituição Federal. Acrescentou que, na condição de deputado federal, não vai aceitar decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) que relativizem esse direito. E destacou o governo Bolsonaro, que, em quatro anos, entregou mais de 450 mil títulos definitivos de terras no País, numa demonstração de que o governo dele se preocupava com as questões sociais.
Sobre a reforma agrária, Ulysses lembrou que não há interesse do governo de esquerda [do PT] em fazer reforma agrária. “Está provado. Passaram mais de 10 anos no poder, e, nesse período, não conseguiram chegar nem perto do que Bolsonaro fez nesse setor”. Ainda, segundo Ulysses, a entrega de títulos por Bolsonaro significa liberdade, “e liberdade, a esquerda não quer; pelo contrário, eles usam a reforma para o MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra] fazer massa de manobras com as pessoas, fazer politicagem”.
“Sou a favor da reforma agrária, mas não como esses criminosos [do MST] querem “, disse Ulysses no programa ‘X da questão “. Ulysses também entende que a propriedade dignifica o homem e lhes garante liberdade.
Acerca das invasões de terras patrocinadas pelo MST, tem prejudicado substancialmente a economia brasileira. “Atualmente, o Brasil tem condições de se tornar a maior potência mundial na segurança alimentar; a China, a França, os Estados Unidos já observam isso, mas, infelizmente, esse movimento criminoso [MST] atrapalha o desenvolvimento no campo”, observou.