Transportes pesados ​​anuncia bloqueio de rodovias federais e das fronteiras a partir de 27 de junho

Por Marcus José

O Ministro das Obras Públicas da Bolívia gerou controvérsia ao curtir um vídeo na sua conta TikTok, que posteriormente foi desativada, onde ele aparecia dançando em comemoração à ausência de bloqueios que haviam sido anunciados

A expansão nacional do transporte pesado realizada no dia de ontem sexta-feira em Santa Cruz determinou o início de uma greve mobilizada com bloqueios de estradas e o bloqueio das fronteiras da Bolívia a partir de quinta-feira, 27 de junho, caso o Governo não atenda às suas reivindicações no prazo de 72 horas. Além disso, exigem, entre outras questões, a demissão do Ministro das Obras Públicas, Édgar Montaño.

Representantes de vários setores de transportes leves e pesados, assinaram um pacto de unidade que se refletiu em seis pontos. Além do bloqueio e da renúncia de Montaño, exigem que o Governo resolva a situação económica do país e os problemas na Alfândega Nacional, na Receita Federal e na Direção de Investigação e Prevenção de Roubos de Veículos (Diprove).

Representantes de vários setores de transporte da Bolívia exigem, entre outras questões, a demissão do Ministro das Obras Públicas, Édgar Montaño. Foto assessoria

O próprio ministro das Obras Públicas, Édgar Montaño, informou em coletiva que na última segunda-feira à noite ainda existia 10 pontos de bloqueio e anunciou que estava preparando uma denúncia contra os transportadores que estão a impedindo a rede rodoviária federal funcionar, e que foi fechada com terra, queima de pneus e outros objetos.

Com fotos em mãos, Montaño detalhou pelo menos sete placas de veículos que participaram dos bloqueios da última segunda-feira  em quatro departamentos da Bolívia e explicou que servirão como prova de quem participou da medida.

Na reunião também foi discutido e decidido ratificar um acordo interinstitucional com a Confederação Nacional dos Trabalhadores Autônomos da Bolívia e exigir o decreto supremo para a regulamentação das aplicações de transporte.

Além disso, decidiram exigir a revogação do Decreto Supremo 4.732, em vigor há dois anos, que regulamenta os contratos de compra e venda de imóveis.

No último domingo, dia 16, dirigentes dos transportes pesados ​​reuniram-se com o presidente, Luis Arce, e decidiram rescindir a greve convocada para segunda-feira, dia 17. Deram ao presidente 90 dias para resolver a crise económica.

Os dirigentes relataram na reunião, que durou mais de três horas, não houve um verdadeiro diálogo com o presidente Arce e não foi alcançado qualquer acordo.

O Ministro das Obras Públicas da Bolívia gerou controvérsia ao curtir um vídeo na sua conta TikTok, que posteriormente foi desativada, onde ele aparecia dançando em comemoração à ausência de bloqueios que haviam sido anunciados. Esta atitude recebeu muitas críticas, especialmente do setor dos transportes, que considerou a ação do ministro como uma forma de ridicularizar o movimento e desrespeitar a seriedade da situação.

A dança em comemoração à não realização dos bloqueios pode ter sido interpretada como uma falta de sensibilidade em relação às preocupações e demandas dos trabalhadores do setor de transportes, que provavelmente estavam se manifestando por questões importantes e sentiram que sua causa não foi levada a sério.

A desativação subsequente da conta TikTok do ministro pode indicar uma tentativa de mitigar os danos causados pela repercussão negativa dessa ação. No entanto, o incidente certamente destacou a importância da comunicação sensível e respeitosa por parte dos funcionários públicos, especialmente em um contexto onde questões sociais e políticas estão em jogo.

Representantes de vários setores de transportes, assinaram um pacto de unidade que se refletiu em seis pontos. Além do bloqueio e da renúncia de Ministro, exigem que o Governo resolva a situação económica do país e os problemas na Alfândega Nacional. Foto cedida