Suspeito de matar homem em Cruzeiro do Sul diz não se arrepender: ‘fiz o que tinha que ser feito’
Preso suspeito de matar um homem no centro de Cruzeiro do Sul, Antônio Marcelo Paixão da Silva, de 21 anos, conhecido por Brinquedo Assassino, confessou o crime na delegacia e disse não estar arrependido. Além dele, outras duas pessoas foram presas e um menor de 16 anos apreendido nesta segunda-feira (15).
“O cara tentou me matar e não conseguiu. Ele teve a chance dele. Fui lá e fiz o que tinha que fazer. Fui visitar o meu pai na casa dele lá na Lagoinha, ele me amarrou e não conseguiu me matar. Hoje fui comprar farinha no mercado e a primeira coisa que vi foi ele. Quem estava comigo era um rapaz conhecido por R-15. Estes dois que foram presos não têm nada a ver não. Não estou arrependido. Fiz o que tinha que ser feito”, declarou.
O crime ocorreu no estacionamento dos mercados municipais, no momento de grande movimentação de pessoas. José Marnilson Souza, de 32 anos, estava na carroceria do caminhão quando foi executado com vários tiros.
O delegado responsável pelo caso, Alexnaldo Batista, disse que o crime está ligado à guerra entre facções.
“A PM agiu rápido. A vítima tinha passagens pela polícia por homicídio e estupro. Os dois maiores presos também são conhecidos da polícia, Brinquedo Assassino e o Ponto 50. Eles alegam que a ação se deu por guerra entre facções. Acreditamos que tenham recebido ordem para executar a vítima que foi alvejada por vários disparos de arma de fogo”, explicou Batista.
Os dois suspeitos, segundo o delegado, eram procurados pela polícia. “Eles têm mandados de prisão em aberto por organização criminosa. Temos informações que eles tenham participação em atos criminosos, incêndios que ocorreram em Ipixuna (AM) recentemente. Estamos fazendo contato com o delegado amazonense para colher todas as informações”, disse.
Após a conclusão do inquérito na delegacia, o menor será encaminhado ao Ministério Público por Ato Infracional. Já os dois homens serão enquadrados em flagrante por homicídio e serão conduzidos à Unidade Penitenciária onde ficarão à disposição da Justiça.