Sindicato vê caos em cidades isoladas do Acre com privatização dos Correios
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Acre (Sintect) Suzy Cristiny disse nesta quinta-feira (9) que a estatal encerrará as suas atividades em 2.230 municípios no país onde que não existe nenhuma agência bancária, inclusive nas cidades acreanas de Jordão, Marechal Thaumaturgo, Santa Rosa do Purus e Manuel Urbano. “O pagamento dos aposentados, pensionistas e famílias do bolsa família é feito nestes municípios, pelo banco postal”, disse.
“A maioria da nossa bancada descomprometida com as causas sociais apoia o processo de privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Acre (EBCT)”, lamentou Suzy em entrevista ao jornal A Tribuna do Acre.
Suzy contou que a empresa pública está relacionada na lista do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do governo Bolsonaro. Destacou que as paralisações no ano passado eram para sensibilizar a sociedade acreana do problema. Se a proposta for levada a cabo pela equipe econômica do ministro da Fazenda Paulo Guedes cerca de 350 funcionários da empresa serão demitidos nos 22 municípios acreanos. “Estamos fazendo a nossa parte, mas a sociedade tem demonstrado indiferente ao nosso drama”, lamentou a sindicalista.