Saiba quem são os candidatos alvos de operações da PF contra crimes eleitorais em Rio Branco
Por G1 Acre
Em uma das operações, o alvo é a candidata deputada federal pelo PSDB, Lanna Vaz, e na outra o candidato ao mesmo cargo, pelo União Brasil, Fábio Rueda.
Os candidatos à uma vaga na Câmara Federal Lanna Vaz (PSDB) e Fábio Rueda (União Brasil) estão entre os alvos das duas operações deflagradas pela Polícia Federal nesta quarta-feira (28) contra crimes eleitorais no estado do Acre.
As operações, que ocorreram em conjunto com o Ministério Público Eleitoral, receberam o nome de “Comitê Violeta” e “Algibeira”. O g1 entrou em contato com os dois partidos dos candidatos investigados e aguarda o posicionamento, que deve ser enviado em nota.
No caso de Lanna Vaz, a PF investiga a prática ilegal de compra de votos, bem como o abuso do poder econômico e político durante as eleições. Na operação Comitê Violeta, a polícia cumpriu três mandados judiciais de busca e apreensão em Rio Branco contra a candidata e partidários.
Já o médico Fábio Rueda é alvo na operação Algibeira, que busca coibir a prática de abuso do poder econômico e político durante o período eleitoral, por meio da utilização indevida de dinheiro durante as eleições. A Polícia Federal cumpriu também três mandados judiciais de busca e apreensão em Rio Branco em desfavor de correligionários.
- Operação Comitê Violeta
Durante as investigações da operação Comitê Violeta, que tiveram início em setembro, foi possível identificar que um candidato às eleições estabeleceu estreito laço com indivíduos pertencentes a facção criminosa atuante com a finalidade de criar uma rede de proteção, que foi utilizada da maneira mais variada, principalmente com a possível compra de votos.
Segundo a PF, os envolvidos responderão pelos crimes de corrupção eleitoral, com pena prevista de até quatro anos de reclusão, e falsidade ideológica com até cinco anos de prisão, os dois delitos do Código Eleitoral.
A investigação foi chamada de “Comitê Violeta” por fazer alusão a principal cor utilizada pela candidata durante as campanhas eleitorais.
As investigações, que tiveram início em setembro, identificaram a presença de operadores de dinheiro, que, no período pré-eleitoral, guardavam quantias em espécie em determinado “bunker”, com a finalidade de, posteriormente, dar suporte a eventuais candidatos e campanhas políticas.
“Foi possível constatar no decorrer das investigações que indivíduos armazenavam altas quantias em seus bolsos e deixavam o local, inúmeras vezes ao dia, com volumes em suas roupas, em razão das grandes quantias em espécie que portavam”, diz a nota da PF.
Os envolvidos responderão pelos crimes de corrupção eleitoral e falsidade ideológica, ambos do Código Eleitoral, assim como lavagem de dinheiro, que somados poderão resultar em até 20 anos de prisão.
O codinome empregado na operação faz referência ao método mais utilizado pelos investigados na tentativa de retirar de forma discreta os recursos em espécie armazenados no imóvel alvo de buscas.