Próximo de 900 mortes por Covid-19, Acre pode editar decreto com a “bandeira preta”
Com o Acre registrando mortes diárias por covid-19 e se aproximando de 900 óbitos, o governo do Acre já se prepara para editar o decreto da bandeira preta, o chamando lockdown. Atualmente, o Estado está na faixa vermelha e somente serviços essenciais podem funcionar até o dia 19 de fevereiro, porém as medidas não vem sendo respeitadas por comerciantes e a população em geral que ainda não entenderam a gravidade da pandemia.
O ac24horas apurou que a chamada “bandeira preta” aguarda apenas o aval do Comitê de Acompanhamento Acre Sem Covid-19, que deverá autorizar o ato. Caso isso ocorra, tudo ficará fechado e o movimento de pessoas nas ruas também será proibido. Esta poderá ser a atitude mais severa que os acreanos sofrerão nestes quase 12 meses da pandemia de covid.19.
De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), nesta quinta-feira, 4, nas últimas 24 horas o estado registrou 397 novos casos de infecção por coronavírus , sendo 169 confirmados por exames de RT-PCR e 228 por testes rápidos. O número de infectados subiu de 49.547 para 49.944 nas últimas 24 horas.
Mais 3 notificações de óbitos foram registradas nesta quinta-feira, 4, sendo 2 do sexo masculino e uma do sexo feminino, fazendo com que o número oficial de mortes por Covid-19 suba para 882 em todo o estado.
Até o momento, o Acre registra 139.248 notificações de contaminação pela doença, sendo que 88.542 casos foram descartados e 762 exames de RT-PCR seguem aguardando análise do Laboratório Central de Saúde Pública do Acre (Lacen) ou do Centro de Infectologia Charles Mérieux. Pelo menos 44.202 pessoas já receberam alta médica da doença, enquanto 216 pessoas seguem internadas.
O decreto da bandeira preta já foi utilizado em alguns estados como Amazonas, Pará e São Paulo, como forma de evitar a proliferação do coronavírus. A medida vem sendo utilizada em alguns países como Inglaterra, que encontrou na medida severa a forma de interromper a multiplicação dos casos de contaminação.