Prefeito fala de angústia e dor ao ter que demitir 60 funcionários da Prefeitura até o final do ano
O prefeito de Manoel Urbano, Tanízio Sá (MDB), deverá anunciar esta semana a demissão de mais 60 servidores da prefeitura do município. Em contato com o ContilNet, o gestor falou da dor e da angústia que sente em ter que demitir pais e mães de famílias.
“Estou com o coração partido, mas preciso chegar aos 54% da folha, que estava muito inchada quando assumi a prefeitura, em torno de 83%, o que não é permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, explica.
O prefeito demitiu todos os cargos comissionados, cortou despesas em todos os setores, mas continua enfrentando dificuldades para administrar. Até janeiro de 2019, ele terá que chegar a meta estabelecida pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que recomenda gastos com pessoal de até 54%.
“O município que não se adequar estará morto, pois não poderá receber emendas parlamentares e ainda terá que pagar multa de R$ 14.280 (Quatorze mil e duzentos e oitenta reais) a cada quadrimestre”, diz o gestor.
Quando Tanízio assumiu a prefeitura, em janeiro de 2017, sentiu na pele o significado da palavra caos. Quase todas as ruas do município estavam tomadas por buracos e pela lama, escolas e postos de saúde destruídos e salários dos servidores em atraso.
Com apoio de alguns parlamentares da bancada federal, o prefeito conseguiu colocar os salários em dia e iniciou a recuperação de algumas ruas que antes se encontravam intrafegáveis.
A expectativa para 2019 é muito grande, já que ele poderá contar com o apoio do governador eleito, Gladson Cameli, e quase toda a bancada federal que foi eleita com seu apoio.
“Primeiramente, pedimos ajuda de Deus, e depois do nosso governador Gladson e dos colegas que irão ocupar cargos no Congresso Nacional, que poderão nos ajudar muito enviando emendas parlamentares para o nosso município. O ano de 2019 será de dificuldades, mas também de muito trabalho e de esperanças para dias melhores para o nosso povo”, disse o prefeito.