Policial que estava em viatura que caiu em córrego durante perseguição deve passar por segunda cirurgia
O cabo da Polícia Militar Madson Lemos, que fraturou um braço em acidente de trânsito durante perseguição a dois suspeitos de assalto no bairro Floresta Sul, em Rio Branco, vai precisar de uma segunda cirurgia para se recuperar do ferimento. Ele informou ao g1 que passou por um procedimento para colocar um fixador, para então depois de pelo menos 7 dias passar por um processo cirúrgico para reparo da fratura. Ele teve alta na quarta-feira (28) após três dias internado.
“O mais grave foi a fratura do úmero. A gente foi pro PS, o médico tentou fazer a cirurgia, mas achou que tava muito inchado e, por conta de problemas que poderiam dar no pós-operatório, preferiu não fazer a cirurgia, a gente fez apenas uma para colocar o fixador para que o osso não fique se movendo. Peguei alta ontem [quarta,28], pediu pra eu passar sete dias tomando medicamento em casa, aí vou retornar dia 4 para me internar, e aí talvez dia 5 fazer a cirurgia”, contou.
O policial militar lembra que no dia do acidente após tomarem conhecimento da ocorrência, ele e outros dois agentes começaram a fazer o acompanhamento dos dois suspeitos que circulavam em uma moto vermelha na estrada da Floresta. Quando se aproximaram, o adolescente, que estava na garupa, colocou a mão na cintura e então os policiais desconfiaram que eles estivessem armados. Eles acabaram entrando em uma ladeira, e perceberam que a dupla poderia cair.
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“Nesse momento, a gente já se preparou porque, caso eles caíssem a gente teria que correr atrás deles. Mas aí, acho que ele avistou que a rua não tinha mais saída e freou, quando ele freou, o motorista tentou ainda tirar a viatura um pouco, e quando chegamos perto ele sacou a arma. Quando houve o choque a arma caiu da mão dele. Houve o choque, eles caíram, a gente passou direto e caiu no córrego”, recorda.
Segundo ferimento no mesmo braço
Lemos contou ainda que não é a primeira vez que se fere durante uma ocorrência. Em 2017, quando havia acabado de se juntar à corporação, escorregou em um córrego ao perseguir um suspeito no município de Manoel Urbano, interior do Acre, e quebrou o braço esquerdo, o mesmo que feriu em Rio Branco.
“Durante uma abordagem o indivíduo correu, isso em Manoel Urbano, aí eu corri atrás dele, ele pulou dentro de um córrego, quando pulou, pulei junto, e quando eu pulei escorreguei com os dois pés. Aí com a arma na mão, fui tentar apoiar o corpo no braço esquerdo, e fraturei, o mesmo braço que eu fraturei agora”, relembra.
Suspeito de assalto envolvido em acidente com viatura da PM é levado para o presídio
Suspeito voltou à prisão
Rodrigo Gomes Mesquita, preso no último domingo (25) com um menor de idade por cometer assaltos no bairro Floresta Sul voltou a ser preso preventivamente nesta quinta-feira (29) após ter prisão domiciliar revogada. A nova decisão é da desembargadora Denise Bonfim, do Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC).
Após a repercussão de que o suspeito havia ido para casa ser monitorado por tornozeleira eletrônica, Mesquita foi levado nesta quinta para o presídio em Rio Branco. Na nova decisão, a desembargadora levou em conta alegações do Grupo de Atuação Especial no Combate do Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Publico do Acre (MP-AC) que aponta que no “contexto da mencionada ocorrência, a dupla criminosa/infratora praticou diversos outros delitos, profusamente registrados quando da oitiva das testemunhas, das vítimas e dos próprios acusados”.
Portanto, Mesquita teve o monitoramento eletrônico suspenso e já foi levado de volta para unidade prisional.
À polícia no dia da prisão, Rodrigo Mesquita, assim como o adolescente, confessou os assaltos, dizendo que estava bebendo em um lava jato, quando decidiram sair para cometer os crimes em uma motocicleta. Ele disse ainda que os dois “estavam totalmente embriagados”. A maioria dos objetos roubados era celular.
Rodrigo Gomes de Mesquita foi para o presídio em Rio Branco — Foto: Reprodução
Por Victor Lebre