Polícia salva mãe e criança de 1 ano que seriam mortas por facção criminosa
Um longo trabalho de investigação policial, cuja finalidade é desarticular o crime organizado na Capital e no município de Cruzeiro do Sul, teve desfecho surpreendente no final da noite deste domingo (3). Em operação conjunta, homens das polícias Civil e Militar conseguiram resgatar do cativeiro, no bairro Miritizal, na periferia de Cruzeiro do Sul, uma menor de 17 anos e sua filha, de apenas um ano de idade, ambas prestes a serem executadas por integrantes de uma facção criminosa.
Segundo o delegado Alexnaldo Batista, que coordenou a ação de resgate das reféns, graças à intervenção dos policiais o duplo homicídio pôde ser evitado. O planejamento que reuniu 12 entre os melhores agentes da Polícia Civil e do Comando de Operações Especiais (COE) foi feito dentro da Delegacia Geral do município.
Considerado uma área de alto risco, o Miritizal está sob o domínio de faccionados e por lá impera a lei do silêncio – detalhe que dificultou o trabalho da polícia.
Sobre a certeza de que haveria mais um homicídio na cidade pairava a dúvida de que a informação não passaria de uma manobra para tirar a polícia do centro do município, onde se realizava o Carnaval, ou até mesmo se trataria de uma emboscada contra os agentes da lei.
A persistência salvou duas vidas
Por mais de quatro horas, os policiais tentaram localizar o cativeiro onde a menor e a filha eram mantidas reféns. Integrante de um grupo rival, a jovem já teria passado pelo ‘tribunal do crime’ e havia sido sentenciada à morte, junto com a filha de um ano.
Após dezenas de abordagens a suspeitos e inúmeras solicitações a moradores por informações sobre o local onde a jovem residia, a polícia conseguiu chegar ao cativeiro e libertar as reféns.
“Elas estavam encerradas em uma casa no mesmo terreno em que moravam”, assegurou o delegado à reportagem do site ContilNet.
Em relato aos policiais, a menor confirmou que os criminosos matariam também a criança.
De acordo com o delegado, a operação que salvou a vida das duas foi concluída no final da noite de ontem (3).
“Para nós, policiais, não há diferença entre salvar a vida de um cidadão de bem ou de uma pessoa envolvida com o crime”, afirmou Alexnaldo Batista.