Polícia não descarta crime passional em morte de professor de educação física em Rio Branco
A morte do professor de educação física Marcelo de Araújo Brígido, de 42 anos, ainda não tem uma motivação definida após mais de um mês. Uma das linhas de investigação da Polícia Civil usada para esclarecer o crime é motivação passional. Brígido teve a casa invadida, no Residencial Bonsucesso, no dia 31 de maio, e foi morto na frente da esposa e do filho de 9 anos.
O professor tinha um centro de treinamento no bairro. Ele estava em casa com a família quando arrombaram a porta, entraram e efetuaram pelo menos sete disparos. A esposa dele presenciou o crime e disse, na época para familiares, que apenas se jogou com o filho no chão.
Ninguém foi preso pela morte do professor até essa quarta-feira (27). Nas últimas semanas, os investigadores apreenderam um carro semelhante ao que foi usado pelos criminosos na noite do homicídio.
O delegado Lucas Pereira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que as equipes já descartaram latrocínio, roubo seguido de morte, no crime. Segundo ele, os investigadores aguardam laudos e resultados de perícias para chegar na motivação.
“Aguardamos resultados da perícia feita no celular do Marcelo e em um veículo apreendido com características do usado pelos autores no crime. Descartamos a hipótese do latrocínio, o que a gente está fazendo agora é uma investigação da vida pregressa da vítima, buscando outras informações com elementos que temos e não posso revelar. Essa investigação é uma das prioridades da DHPP, estamos todos empenhados em solucionar esse caso do Marcelo”, destacou.
Pereira afirmou que o crime causou uma repercussão social pela forma como o professor teve a casa invadida e foi assassinado na frente da família.
“Mataram ele a sangue frio na frente do filho e da esposa. Causou um choque muito grande para a família e amigos dele, então, não estamos medindo esforços para solucionar esse caso o mais rápido possível”, argumentou.
Investigações
O delegado contou também que a polícia tenta descobrir se o professor tinha envolvimento com criminosos. Pereira falou que apenas os relatórios da investigação e laudos da perícia vão poder confirmar se o professor recebeu algum tipo de ameaça ou se estava envolvido com algum tipo de crime.
“Não tenho nada confirmado. Demora mesmo o resultado desses laudos periciais porque são provas extremamente técnicas e complexas e temos que ter um pouquinho de paciência para aguardar esses resultados que podem ser fundamentais para os próximos que vamos adotar”, frisou.
Pereira não soube precisar quantas pessoas foram ouvidas até o momento. Contudo, ele confirmou que parentes, testemunhas do crime, amigos e conhecidos prestaram depoimento sobre o crime.