Mais 7,2 mil doses da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos chegam ao Acre
Mais de 7,2 mil doses da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos chegam ao Acre — Foto: Marcelo Pedrosa/Arquivo pessoal
O segundo lote de vacina da Pfizer destinada a crianças de 5 a 11 anos chegou ao Acre na noite dessa segunda-feira (17) para reforçar a campanha de imunização contra a Covid-19. O Ministério da Saúde encaminhou novamente 7,2 doses do imunizante.
A remessa foi enviada para a sede do Programa Nacional de Imunização (PNI) para que as doses sejam distribuídas aos municípios acreanos.
O primeiro lote das vacinas pediátricas, com 7,2 mil doses, chegou ao estado acreano na noite da última quinta-feira (13), após impasse de informações.
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Com os dois lotes é possível imunizar somente 12% do público de crianças de 5 a 11 anos no estado. A estimativa da Secretaria de Saúde do Estado (Sesacre) é vacinar aproximadamente 120 mil crianças de 5 a 11 anos.
Primeira criança vacinada
Após quase um ano do início da vacinação contra Covid-19, no Acre, em janeiro do ano passado, as crianças com idade entre 5 a 11 começaram a ser vacinadas oficialmente contra a doença. Na capital acreana, o primeiro a receber a vacina foi o menino Rafael Miranda, de 8 anos.
A vacinação foi lançada pela Secretaria Municipal de Saúde nessa segunda-feira (17), na Unidade de Saúde Maria Áurea Vilela, no Bairro Cadeia Velha.
Rafael Miranda, de 8 anos, foi o primeiro a ser vacinado contra a Covid-19 — Foto: Andryo Amaral/Rede Amazônica Acre
A dona de casa Kerlly Santos Miranda Costa, mãe do Rafael, disse que o filho é autistas tem outras comorbidades. Ela conta que estava ansiosa por esse momento no qual ele receberia a vacina.
“Estava ansiosa para vacinar, deixar meu filho protegido. Até porque ele tem algumas comorbidades, então a imunidade dele é muito baixa. De segunda a sexta-feira, a gente frequenta centros de fisioterapia e ele acaba sendo muito exposto. Então, estava muito ansiosa pela vacinação e graças a Deus chegou.
Vacinação em crianças na capital
As crianças precisam estar acompanhadas do pai ou da mãe ou de outro responsável legal na hora da imunização. Essa pessoa precisa assinar um Termo de Autorização e receber as informações referente a possíveis reações da vacina, como por exemplo: inchaço, vermelhidão no local da injeção, febre, fadiga, dor de cabeça e outros.
A secretária Sheila Andrade explicou que para garantir a segurança deste grupo, a vacina não vai ser disponibilizada nas Uraps, mas em unidades de saúdes diferentes. O atendimento é feito das 8h às 12h e das 14h às 16h. (Veja locais de vacinação abaixo)
“As crianças que possuem comorbidades devem apresentar a prescrição médica para vacinação”, diz nota técnica do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental de Rio Branco.
O documento destaca também que a 2ª dose deve ser aplicada após dois meses da aplicação da primeira dose. “Que as crianças sejam acolhidas e permaneçam no local em que a vacinação ocorrer por pelo menos 20 minutos após a aplicação”.
Outra informação destacada é que a vacina contra a Covid-19 não pode ser administrada no mesmo período de outras vacinas do calendário de imunização infantil. O intervalo entre as vacinas de rotina e contra a Covid é de 15 dias.
Pontos de vacinação para crianças em Rio Branco:
- USF Dr. Mario Maia – bairro Cidade Nova;
- USF Cadeia Velha – próximo ao Terminal Urbano
- USF Gentil Perdomo da Rocha – Conjunto Esperança;
- USF Vitória – bairro Vitória;
- USF Manoel Alves Bezerra – Conjunto habitacional Cidade do Povo.
Sem receita médica
O Acre não vai exigir prescrição médica para vacinar crianças contra a Covid, segundo a Sesacre. Em dezembro do ano passado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, chegou a afirmar que recomendaria a cobrança do documento.
No último dia 5, o Ministério da Saúde divulgou as regras para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos e abriu mão da exigência de receita médica para imunização desta faixa etária.
De acordo com o governo, a vacinação infantil ocorrerá:
- em ordem decrescente de idade (das crianças mais velhas para as mais novas), com prioridade para quem tem comorbidade ou deficiência permanente e para crianças quilombolas e indígenas;
- sem necessidade de autorização por escrito, desde que pai, mãe ou responsável acompanhe a criança no momento da vacinação;
- com intervalo de oito semanas – um prazo maior que o previsto na bula, de três semanas.