Justiça determina que Sargento Nery responda por tentativa de homicídio em júri popular
O Juízo da Vara Criminal da Comarca de Epitaciolândia determinou que o sargento Erisson Nery, suspeito de atirar contra estudante Flávio Endres Ferreira em um bar, seja submetido a Júri Popular.
Dessa forma, será avaliado pelo Conselho de Sentença se Erisson Nery foi culpado de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. Nery também será julgado pela prática dos crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e lesão corporal grave.
O crime aconteceu no dia 28 de novembro de 2021, durante a madrugada, em um bar na cidade. Conforme a peça inicial, o sargento estava com duas companheiras na boate e houve uma confusão entre a vítima e uma das duas esposas do denunciado. Assim, o sargento envolveu-se na briga e teria atirado e atingido o estudante quatro vezes e depois teria ido agredir a vítima com chutes, mas, por circunstâncias alheias, o jovem não morreu.
Por isso, o sargento foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado, posse irregular de arma de fogo e lesão corporal de natureza grave. A defesa argumentou que suspeito agiu em legítima defesa, pedindo a desclassificação do crime para lesão corporal e ainda solicitou que não houve apreensão da arma de fogo, por isso, não sendo possível determinar a ilegalidade do porte.
Ao analisar o pedido preliminar de insanidade mental, a Juíza de Direito Joelma Ribeiro, titular da unidade judiciária, relatou que a demanda já tinha sido negada tanto pelo 1º, quanto pelo 2º Grau. A juíza verificou que existem materialidade e indícios de autoria dos crimes cometidos contra o jovem, emitindo sentença de pronuncia.
“Nesse diapasão, nota-se que os depoimentos produzidos à luz do contraditório indicam que o acusado (…), em tese, tentou ceifar a vida da vítima (…) em decorrência de um desentendimento banal e insignificante ocorrido entre o réu, a vítima e o grupo de amigos da vítima momentos antes”, escreveu Ribeiro.