Justiça determina penhora da taça do Mundial de Clubes de 2012 do Corinthians
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo determinou nesta quinta-feira a penhora da taça do Mundial de Clubes do Corinthians , conquistada em 2012 após vitória por 1 a 0 sobre o Chelsea, no Japão, por conta de uma dívida antiga.
O iG teve acesso ao despacho do TJ-SP, assinado pelo juiz Luis Fernando Nardelli, que confirma a penhora da taça do Mundial de Clubes que está exposta no memorial do time paulista.
O Instituto Santanense foi quem promoveu a execução e teve seu pedido aceito pela Justiça – é cobrada uma dívida de R$ 2,48 milhões do Corinthians, em ação movida há dez anos. Há duas semanas, o Instituto já havia tentado bloquear parte da premiação pelo vice da Copa do Brasil, mas sem sucesso.
Em agosto deste ano, a entidade também tentou bloquear valores que o Corinthians receberia pela venda do meio-campista Rodriguinho ao Pyramids FC, do Egito, também sem êxito
Ao pedir a penhora da taça do Mundial, o Instituto Santanense citou jurisprudência de 1998, envolvendo o Londrina, e uma outra do ano passado, em decisão contra o Náutico.
A dívida é de 2008. A UniSant’Anna, que pertence ao Instituto, alugava um espaço no Parque São Jorge, sede corintiana na Zona Leste de São Paulo, onde instalou uma de suas unidades. A faculdade alega que o Corinthians passou a impedir o acesso de alunos e funcionários e, por isso, foi cobrar uma indenização.
O Corinthians já havia sido condenado em primeira instância em 2010 e agora foi novamente punido.
Além disso, o Instituto Santanense também acusa Corinthians e CBF de fraude. “É inconteste que o Executado tinha ciência do pleito formulado pelo Exequente e, assim, em conluio com a CBF buscou adiantar o recebimento do prêmio ao qual fazia jus, frustrando, assim, o cumprimento da determinação judicial de bloqueio destes valores”, disse o Instituto em nota.
O Corinthians também se manifestou por meio de nota oficial.
“O Sport Club Corinthians Paulista informa que não houve qualquer fraude no pagamento da premiação referente à Copa do Brasil, tendo a CBF procedido aos repasses conforme calendário regular, bem como informa que não houve nenhuma determinação de penhora sobre a taça do mundial de 2012, mas apenas um pedido dos advogados do Instituto Santaense nos autos, considerado absurdo pela agremiação por ferir a ordem legal de preferência dos bens passíveis de penhora com o único intuito de gerar efeito midiático infundado. O clube destaca que também aciona o referido Instituto na Justiça, que mantinha tratativas para a resolução amigável da disputa e que todas as medidas legais cabíveis foram e estão sendo tomadas”.