Governo peruano prorrogará Decreto e filas de carretas quilométricas ameaçam desabastecimento na Bolívia
Enquanto o Ministério Público Federal realiza uma queda de braço com a União, sobre a manutenção de imigrantes da Ponte da Amizade que liga o Brasil ao Peru pelo Acre, várias situações tendem a crescer e tornar insustentável para ambos os lados.
Depois de invasões, bloqueio de ponte e situações análogas a um campo de refugiado no lado brasileiro, o que está ruim, pode piorar por um longo tempo. Na última sexta-feira, 26, a União ajuizou um pedido de desobstrução da Ponte da Integração, entre as cidades de Assis Brasil e Iñapari, onde cerca de 60 imigrantes, sobretudo haitianos, bloqueiam a passagem entre os dois países.
Até mesmo o prefeito do pequeno município, Jerry Correia, teria anunciado em uma reunião, a possibilidade de impetrar um pedido de desobstrução da ponte na Justiça, pois, com o bloqueio a tendência é o aumento de mais situações que comprometem o transporte de mercadorias entre os países da tríplice fronteira (Peru, Bolívia e Brasil).
Além de questão migratória que já acumulou cerca de 400 pessoas, casos de polícia envolvendo ‘coiotes’, covid-19, dengue, alimentação e estadia, está aumentando o número de caminhões de ambos os lados, na maioria, transportando combustível, o que transforma a pequena cidade de Iñapari (lado peruano), praticamente em uma bomba.
Maioria desses caminhões tem como destino, a cidade de Cobija, capital do estado de Pando, que faz divisa com as cidades de Brasiléia e Epitaciolândia, distantes cerca de 110km de Assis Brasil. As autoridades bolivianas estão preocupados com um possível desabastecimento nos postos de gasolina.
Para piorar ainda mais, o governo peruano através do presidente Francisco Rafael, irá prorrogar o Decreto de Emergência Sanitária a partir do dia 7 de marco, aumentando em mais 180 dias (seis meses), consequentemente mantendo suas fronteiras fechadas.
Enquanto isso, um pequeno grupo de imigrantes que tentam passar pelo Peru para a América Central, obtém o apoio do Ministério Público Federal do Brasil, entendeu que em tempo de pandemia que já matou milhares de pessoas pelo mundo, pessoas podem circular por onde quiser e realizar manifestações em qualquer lugar.