Governo apoia Cooperativa Nova Cintra para produção sustentável e geração de renda
A agricultura familiar e a produção florestal sustentável ganharam ainda mais força com as políticas públicas implementadas pelo governador Tião Viana, em suas duas gestões. Na região do Juruá pode-se visitar duas comunidades que participam ativamente deste projeto de desenvolvimento sustentável, que garante inclusão social, geração de renda e conservação.
Em Rodrigues Alves, na comunidade Nova Cintra, à margem do Rio Juruá, encontra-se um modelo de atividade coletiva na extração do óleo de murmuru e na execução do projeto de fruticultura. As duas ações são iniciativas do governo do Estado em conjunto com os moradores, como estratégia de alternativa econômica.
O governo do Estado investiu mais de R$ 500 milhões na agricultura familiar nos últimos sete anos. O trabalho executado em sua maior parte pela Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), promoveu, principalmente, as cadeias produtivas da fruticultura, suinocultura, piscicultura, da castanha, borracha, mandioca e outras, mantendo uma diversificação da economia rural. E deixa agora, mais de R$ 66,9 milhões em caixa para investimentos na próxima gestão.
José Queiroz, o “Jotinha”, tesoureiro da Cooperativa Nova Cintra (Coopercintra) explica como os empreendimentos realizados têm contribuído com o desenvolvimento da comunidade. “O importante, para gente hoje que vive na floresta, é geração de renda, não desmatar, não utilizar o fogo e ter uma cadeia produtiva que seja rentável e com uma boa perspectiva de recuperação social e ambiental, especialmente familiar. O murmuru, assim como outras cadeias tiradas da floresta, é um valor a ser agregado”, afirma.
A produção do óleo de murmuru inicia com a coleta do coco específico, dentro da mata, em seguida, a cooperativa percorre todo o Rio Juruá, entre Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, até Cruzeiro do Sul. Recentemente, o grupo foi contemplado com uma balsa, pelo governo do Estado, que ampliou a capacidade em cada safra.
A quebra do coco e extração do óleo, com a venda do produto em seguida, começou em 2013, após investimento por meio do primeira fase do Programa Global REM (REDD for Early Movers – pioneiros na conservação), do governo do Acre com o Banco Alemão KfW.
A primeira tirada, em 2014, foi de 3.2 toneladas de óleo vendidos a R$ 14 o litro. Crescendo a cada ano, a produção chegou ao pico em 2016, com 19.6 toneladas de óleo vendidos entre R$ 16 e R$ 17 o litro. Em 2017, a cooperativa conseguiu 16.5 toneladas de óleo e continua trabalhando para manter a boa média. Atualmente, 180 famílias estão envolvidas na coleta e na manufatura, sendo que agora são 102 sócios diretos na Coopercintra.
“A gente vê as pessoas com olhar diferente. No início, não acreditavam, agora você chega em uma comunidade e já vêm perguntando: ‘quando vocês vêm buscar os coquinhos?’. Isso faz com que a gente se sinta gratificado com o serviço que presta para a sociedade e principalmente para aquelas famílias que estão no beiradão do rio”, declara, com um grande sorriso, Jotinha.
O produtor afirma ainda que este resultado só é possível com a atenção que o governo de Tião Viana e sua equipe tiveram. “Nós só conseguimos ser isso que somos hoje, graças aos incentivos e recursos oriundos do governo, que valorizou a Cooperativa Nova Cintra e as famílias do beiradão do Rio Juruá. O Acre é uma terra onde a gente pode buscar e encontrar, dentro da floresta, aquilo que outros estados e países não têm, que a biodiversidade, a riqueza e o bem-estar”, finaliza Jotinha.