Gasolina fica R$ 0,23 mais cara em uma semana e atinge maior valor em um ano
Por R7 Notícias
Com aumento de 4%, o preço médio do litro chegou a R$ 5,88; já o diesel subiu mais R$ 0,55, superando R$ 6 nos postos
O preço médio do litro da gasolina atingiu R$ 5,88 nos postos do país, o maior nível desde julho de 2022. O litro do combustível aumentou R$ 0,23 (4%) nesta semana em relação ao período anterior, quando estava em R$ 5,61.
A informação é do levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) divulgado nesta sexta-feira (25).
Neste ano, o maior valor havia sido registrado na primeira semana de julho, após o retorno da cobrança integral de impostos federais, quando o preço médio da gasolina chegou a R$ 5,67.
Entre os combustíveis, o diesel S-10 foi o que subiu mais, tendo ficado R$ 0,55 mais caro em uma semana. O valor do litro passou de R$ 5,50 para R$ 6,05, uma alta de 10%. O etanol aumentou 1,3%, de R$ 3,61 para R$ 3,66 o litro.
A alta da gasolina e do diesel reflete o reajuste da Petrobras que começou a vigorar no dia 16 de agosto nas refinarias, o que deve impactar a inflação.
Em julho, a inflação oficial de preços ganhou força ao avançar 0,12%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A gasolina — o subitem de maior peso individual no índice — foi o produto que mais impactou o resultado da inflação, com uma variação de 4,75% no mês. Em junho, o combustível havia apresentado queda de 1,14% no valor.
Segundo André Almeida, analista responsável pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a variação ocorreu mesmo com as reduções aplicadas nas refinarias, antes do aumento deste mês de agosto. “A alta de julho capta a reoneração de impostos, com a volta da cobrança da alíquota cheia de PIS e Cofins”, explica.
Com o aumento anunciado pela Petrobras, analistas do Itaú Unibanco revisaram a projeção da inflação deste ano de 4,9% para 5,1%. “O movimento veio acima da nossa expectativa de curto prazo, que embutia um reajuste menor na gasolina, próximo de 5%. Com isso, a alta possui impacto adicional de aproximadamente +25 p.b. nos meses de agosto e setembro”, avalia o boletim do banco, após anúncio do reajuste.