Fronteira do Acre com Pando tem bloqueio parcial em protesto de transportadores
Movimento não tem o interesse de impedir o trânsito de pessoas entre os dois países, mas apenas de veículos de carga
De acordo com o canal de televisão Pando Vision existem 10 pontos de bloqueio em Cobija, feito por manifestantes, incluindo o acesso de veículos à Ponte Internacional, que liga a cidade à Epitaciolândia. A Ponte da Amizade, entre Cobija e Brasiléia, permanecia transitável até a tarde desta terça-feira (25).
A informação foi confirmada pelo comandante departamental da polícia boliviana, coronel Abel Claros, e por Hector Perez, representante da Federação 11 de Outubro, que está à frente dos protestos contra o governo boliviano pela retomada das obras da estrada que liga a capital de Pando ao restante do país.
São sete pontos de bloqueio na zona urbana de Cobija e três na área rural, entre Pando e Beni. Apesar da obstrução de várias ruas, as informações são de que o tráfego na cidade boliviana fluía com normalidade e sem tumultos. O trânsito entre os dois países estava sendo garantido pela ponte Wilson Pinheiro (Brasiléia).
De acordo com os dirigentes do movimento, os bloqueios na capital de Pando serão mantidos até que o ministro das Obras Públicas, Serviços e Habitação do governo nacional boliviano se faça presente em Cobija para discutir a reivindicação. Ele não tem respondido aos convites dos transportadores.
Diante das negativas aos convites feitos, os transportadores decidiram realizar o bloqueio por tempo indeterminado dos acessos internacionais ao departamento de Pando e à capital, Cobija, conforme explica um documento enviado a diferentes sindicatos desde a semana passada.
O atual governador de Pando, Regis Richter, diz que a gestão anterior ficou devendo uma contrapartida do asfaltamento da estrada e a construção de duas pontes, nos rios Beni e Madre de Dios, que atingem 380 milhões de bolivianos, e que seu governo agora é cobrado a pagar essa dívida.
“A estrada troncal Cobija-La Paz está em péssimas condições. Vamos promover um diálogo com o governo, a Administradora Boliviana de Carreteras (ABC) e os transportadores pandinos para buscar uma solução para o problema da conclusão do asfaltamento da estrada troncal”, garantiu Richter ao canal Pando Vision.
Pelas informações que o ac24horas apurou, o movimento não tem o interesse de impedir o trânsito de pessoas entre os dois países, mas apenas de veículos de carga, principalmente combustíveis e alimentos, que ocorre apenas pela Ponte Internacional (Epitaciolândia-Cobija).
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