Família denuncia possível negligência médica em hospital de Brasileia
Pai denuncia que gestação era de risco e parto deveria ter acontecido no dia 25
Uma bebê que estava sendo esperada nascer no dia de Natal, pouco respirou por volta do meio-dia deste domingo, dia 29, no Hospital de Clínica Wildy Viana, localizado na cidade de Brasiléia, município distante cerca de 244km da capital do Acre.
Segundo foi apurado com o pai, Paulo César, de 30 anos, contou que sua esposa estava com uma gestação de alto risco. Leidineia Pereira Zocoloto, de 44 anos, vinha sendo acompanhada e começou a perder líquido no dia 25 passado.
Conta que passou ir ao hospital na tentativa de realizar o parto tipo cesária e desde então, sempre recebia medicação a base de analgésico e a negativa, sendo informados que deveria ser realizado o parto normal conforme é estabelecido pelo SUS, mesmo tendo um encaminhamento informando que era uma gravidez de alto risco.
Leidineia que vinha perdendo líquido e com dores, já não sentia sua filha se mexer. Neste domingo, iniciaram a tentativa de realizar o parto normal novamente, mas, viram que seria necessário a realização da cesárea, o pai conta que após chorar por apenas alguns momentos, a criança veio a óbito.
Para piorar, somente após algumas horas, com a chegada da Polícia e ameaças de chamar a imprensa, conseguiram que um dos médicos plantonistas, assinassem o atestado de óbito quase no final do dia e liberassem o corpo para ser sepultado.
Paulo disse que irá acionar o Estado e quem tiver culpa na morte de sua primogênita. “Eles sabiam que era uma gravidez de risco e perdi minha primeira filha. Sei que nada vai trazer ela de volta, mas isso não pode acontecer dessa forma”, desabafou o pai com o caixão nas mãos.
A mãe está em recuperação no hospital e aguarda alta. A bebê foi enterrada no cemitério da cidade de Epitaciolândia no final do dia deste domingo, somente com a presença do pai, tia e avó paterna.
O jornal oaltoacre tentou contato com a diretoria do hospital Wildy Viana, com a assessoria da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), mas não obteve sucesso e ninguém retornou as ligações.