Faltando medicamentos, Into trabalha com a capacidade máxima de 200 atendimentos diários
Indignados, familiares de pessoas acometidas pela Covid-19 procuraram o ac24horas na manhã desta terça-feira, 01, para relatar que está faltando medicamentos no Instituto de Traumatologia do Acre (INTO), unidade escolhida pelo governador Gladson Cameli (Progressistas) como referência para os casos da Covid-19.
Ao ac24horas, Hilton Piccelli, médico e diretor técnico da Mediall Brasil, que administra o Into, confirmou a falta de alguns medicamentos, mas destacou que se trata de faltas pontuais devido ao ciclo de reabastecimento feito em cada início de mês.
“A gente tem algumas faltas pontuais de medicamentos, por conta do nosso ciclo de reabastecimento e também devido o Acre ser carente em relação a logística. Outra coisa que agravou essa falta pontual de medicamentos é que infelizmente há quase um mês a gente tem sentido o efeito da segunda onda da Covid-19 muito forte no Acre.”, destacou Hilton.
Em outro trecho, Hilton afirmou que a “conta” das aglomerações devido à campanha eleitoral chegou ao Into e revelou que a unidade hospitalar passou a atender de 40 a 50 pacientes por dia para mais de 200 nesse final de mês de outubro e novembro inteiro.
“A gente [Mediall] já estávamos indo embora do Acre neste final de novembro, mas ontem o nosso contrato foi prorrogado por mais um mês por conta dessa segunda onda. Esse período eleitoral teve muitas aglomerações, mas a conta chegou para a população. No mês de outubro a gente atendia 42 pessoas e agora em novembro subiu para 230 pessoas por dia. E essa demanda foi contínua durante todo o mês de novembro. Devido a esse fluxo de atendimentos, eventualmente, ocorreu falhas pontuais em relação aos medicamentos, mas nada que impactasse no tratamento dos pacientes”, explicou.
Por fim, Hilton pediu mais conscientização por parte da população devido a segunda onda e alertou para a necessidade do uso do álcool gel, máscara e o distanciamento social.
Hilton encerrou argumentando que o Into está trabalhando com a capacidade máxima e com a previsão de abrir mais leitos de UTI em decorrência da segunda onda.
“Estamos com 30 leitos de UTI abertos, mas já estamos querendo abrir mais 10. Ontem, estávamos com 94 leitos ocupados de enfermaria dos 100 que tem na unidade hospitalar. Estamos trabalhando na capacidade máxima devido a essa segunda onda. Dos 30 leitos de UTI de ontem, só apenas dois ou três estavam disponíveis. Isso causa uma grande preocupação. Está ocorrendo uma segunda onda da Covid-19 no Acre”, afirmou.