Estudo aponta piora nos índices de doenças crônicas em Rio Branco nos primeiros anos de pandemia
Casos de hipertensão e diabetes aumentaram na população adulta de Rio Branco, aponta pesquisa — Foto: Freepik
Com mais da metade da população acima do peso considerado “normal” pela Organização Mundial de Saúde, os indicadores de doenças crônicas também tiveram piora nos primeiros ano de pandemia, em Rio Branco.
O dado é da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada pelo Dia Mundial da Saúde.
A atividade física ficou em baixa entre 2019 e 2021, enquanto casos de hipertensão e diabetes aumentaram.
Segundo os dados, em 2019, cerca de 18,48% dos adultos acima de 18 anos relataram terem diagnóstico médico de hipertensão. Esse percentual subiu para 23,12% no ano de 2021.
Já com relação ao diagnóstico de diabetes, antes da pandemia, em 2019, 4,9% dos rio-branquenses afirmaram que tinham a doença crônica. O índice subiu para 6,40% no ano de 2021.
O estudo mostrou ainda que somente 8,16% dos adultos com mais de 18 anos de Rio Branco praticam pelo menos 150 minutos de atividade de intensidade moderada por semana. Em relação a homens e mulheres, esse índice é quase igual. Em comparação com o período de pré-pandemia, a taxa reduziu em 2021. Segundo os dados, em 2019, esse percentual era de 10,08%.
A Vigitel é feita anualmente pelo Ministério da Saúde por meio de entrevistas telefônicas. A edição de 2021 foi elaborada com base em 27.093 entrevistas entre setembro de 2021 e fevereiro de 2022, feitas com pessoas com mais de 18 anos nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal.
A pesquisa mostrou ainda que 7,21% dos moradores da capital acreana avaliam negativamente o seu estado de saúde. Esse índice era de 5,75% no ano de 2019.
O estudo apontou ainda que o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças reduziu nos últimos anos. Em 2021, somente 22,58% da população acima dos 18 anos fazia o consumo desses produtos. Rio Branco foi a cidade que teve o pior índice nesse quesito no ranking das capitais brasileiras.
Consumo de bebida alcoólica e cigarros
A análise do IBGE também mostrou uma redução no consumo de bebidas alcoólicas durante a pandemia – que foi de 17,66%, em 2019, para 13,67% em 2021.
Outro ponto de atenção, segundo os pesquisadores, foi a redução do número de fumantes, que durante o período da pandemia chegou a 11,18% da população adulta. Em 2006, início da série histórica da Vigitel, esse número era 20,07%.