Em discurso na Aleac, Gladson se enrola com mensagem governamental e improvisa discurso
Na abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa, o governador Gladson Cameli (Progressistas), tentou ler a mensagem governamental e fez um breve resumo de seu início de mandato a frente do Palácio Rio Branco. Durante a leitura do discurso de 11 páginas, Cameli se enrolou em alguns momentos de sua fala. Somente depois de algumas laudas lidas e também de algumas pausas para reler o que falava, o governador desistiu do protocolo e resolveu improvisar o discurso.
Em seu discurso, o chefe do executivo enfatizou o grito da liberdade dos acreanos após 20 anos sob o comando da Frente Popular do Acre. “O Acre, como parte desse cenário, também ecoou o seu grito de liberdade e quebrou uma hegemonia de 20 anos de um projeto político equivocado, concentrador de privilégios de uma elite partidária que se profissionalizou em vender sonhos fáceis de um mundo verde que não existe, um ideário distante de quem mora numa floresta rica e exuberante, mas com mesas escassas e pratos vazios”, disse o governador.
Gladson enfatizou que de fato o Acre vive de repasses federais e que numa mínima queda das receitas, a economia do Estado sofre. “Sob outra perspectiva, sem muito esforço analítico, é possível perceber a fragilidade da iniciativa privada do nosso Estado. Qualquer vento desfavorável aos repasses do Governo Federal, a economia desaquece e a taxa de desemprego aumenta praticamente na mesma proporção. Há uma relação forte de dependência entre o Estado e a economia acreana.
Para se ter uma ideia, do montante da receita arrecadada nos últimos anos, apenas 17% corresponde a receitas tributárias, o que confirma que o Acre continua dependente das transferências constitucionais da União. Não há, portanto, autonomia econômica, nem riqueza gerada suficientemente que se materialize em distribuição de renda digna”, analisou o chefe do executivo conclamou a união dos poderes constituídos no Acre e disse que quer governar com todos.