Duas mulheres são auxiliares pela primeira vez na história da elite do Campeonato Acreano

Pela primeira vez na história do Campeonato Acreano da primeira divisão, duas mulheres formaram a equipe de arbitragem de uma partida da competição local. As auxiliares Roseane Amorim e Verônica do Vale Severino, atuaram juntas no empate por 1 a 1, entre Náuas e Andirá, neste domingo (3), no Florestão, em Rio Branco, capital acreana.

Roseane Amorim (esquerda) e Verônica Severino (direita) atuaram juntas neste domingo, no Florestão — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Roseane Amorim (esquerda) e Verônica Severino (direita) atuaram juntas neste domingo, no Florestão — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

As duas mulheres fazem parte do quadro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Roseane era jogadora, mas decidiu parar de jogar após fazer o curso de arbitragem. Segundo ela, atuar com outra mulher em uma partida foi motivo de felicidade.

– Durante anos eu fiquei sozinha na assistência feminina aqui no estado e fiquei muito feliz quando a Verônica veio para estarmos trabalhando com mais mulheres, porque infelizmente somos poucas (na arbitragem) – disse.

Roseane Amorim era jogadora de futebol — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Roseane Amorim era jogadora de futebol — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Verônica Severino está na profissão há seis anos e já atuou com Roseane na segunda divisão do futebol acreano. Agora na elite da competição estadual, ela celebra o feito inédito com a companheira de profissão.

– É gratificante trabalhar com a Rosiane, por que ela tem uma história tanto de federação quanto de CBF. Nós estamos subindo os degraus aos poucos – afirmou.

Preconceito e sonhos

Segundo Verônica Severino, elas ainda sofrem preconceito por atuarem em um esporte que é visto por muitos como prática masculina.

– Nós recebemos muto assédio, principalmente moral. Mas, nós vamos superando – revela.

Verônica Severino está na profissão há seis anos — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Verônica Severino está na profissão há seis anos — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Roseane Amorim diz que além de lutar para vencer o preconceito cotidianamente, as duas têm um sonho: um trio de arbitragem totalmente feminino.

– Expectativa é que futuramente a gente tenha um trio de arbitragem como já acontecem em outros campeonatos do país – finaliza.

Fonte: G1Acre