Desmatamento no AC chega a 51 quilômetros quadrados em setembro, diz instituto
O desmatamento no Acre chegou a 51 quilômetros quadrados no mês de setembro de 2018, de acordo com Boletim do Desmatamento divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O estudo é feito pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD).
Conforme os dados, o desmatamento aumentou 629% em um ano, já que em setembro de 2017, o Acre tinha registrado sete quilômetros quadrados de área desmatada.
O levantamento também calculou outra forma de desmatamento: a chamada degradação florestal, que é provocada especificamente por pequenas queimadas e pela extração seletiva de madeira.
Com relação à degradação, o Acre não apresentou nenhum caso em setembro deste ano. De acordo com o instituto, no mesmo período em 2017, foi detectado um quilômetro quadrado de área degradada.
Os estados com maior incidência de desmatamento foram o Amazonas e Mato Grosso, com 107 e 103 quilômetros quadrados de área desmatada, respectivamente. Já, o que apresentou menor número de casos foi Roraima, com nove quilômetros quadrados desmatado. Os estados de Tocantins e Amapá não tiveram registros de desmatamento no período.
Nos assentamentos, foram registrados desmatamentos no PAE Remanso, com três quilômetros quadrados desmatados em setembro deste ano e PA Paraná dos Mouras, com dois quilômetros quadrados. Na Reserva Extrativista Chico Mendes também foram registrados quatro quilômetros quadrados de desmatamento e na unidade de conservação PES de Guajará-Mirim, três quilômetros quadrados.
Em setembro de 2018, o SAD detectou 444 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal, um aumento de 84% em relação a setembro de 2017, quando o desmatamento somou 241 quilômetros quadrados.
Do total de desmatamento na Amazônia Legal em setembro de 2018, o Amazonas representou 24%, Mato Grosso 23%, Rondônia 20% e o Pará 19%. O estado do Acre representou 11%, Roraima 2% e Amapá 1%.
As florestas degradadas somaram 138 quilômetros quadrados em setembro de 2018, apresentando uma redução de 96% em relação a setembro de 2017, quando a degradação florestal detectada totalizou 3.479 quilômetros quadrados.