“Deficientes visuais terão melhor orientação com bengalas especiais”, garante Eduardo Veloso
O deputado Eduardo Veloso(UB) ingressou junto à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados com um projeto de lei que estabelece o sistema de cores em bengalas longas como sinal distintivo para deficientes visuais. De acordo com o parlamentar acreano, a proposta nasceu da constatação do problema na própria sociedade, onde 3,5% da população enfrenta desafios relacionados à deficiência visual, ”A medida vem facilitar enormemente a locomoção e, consequentemente, a melhor orientação ,segurança e autonomia dos deficientes visuais”.
O parlamentar acreano lembrou que, de acordo com o IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nada menos de 528.624 pessoas são consideradas cegas, enquanto que mais de 6 milhões de pessoas lidam com baixa visão ou visão subnormal. ”Um percentual extremamente significativo que merece a atenção especial e apoio da classe política”. Além disto, afirma Eduardo Veloso,29 milhões de brasileiros relatam enfrentar alguma forma de dificuldade visual permanente, mesmo com o uso de óculos ou lentes de contato.
Em nível ilustrativo, Veloso destacou que 80% das informações são recebidas através da visão, o que torna esse sentido fundamental para a comunicação entre as pessoas. “Esse fato, por si, já revela a necessidade de abordagens inclusivas e políticas públicas que assegurem a acessibilidade e respeito a brasileiros portadores de alguma deficiência visual”. Com efeito-explica o parlamentar que é oftalmologista de formação- as cores na bengala longa são códigos usados pelo emissor que deverão ser recebidos pelo receptor a fim de que a mensagem seja adequadamente captada.
Critérios
Neste sentido, indica o deputado, seriam utilizadas 3 cores a depender do grau de deficiência: a bengala branca que seria para pessoas com ausência total de visão; a verde para pessoas com baixa visão, e a vermelha e branca para pessoas com deficiência visual e auditiva associadas.
Assim, complementa Veloso, ao identificar visualmente os deficientes com as respectivas bengalas longas, as pessoas ficariam mais atentas às suas necessidades em ambientes públicos, como cruzamentos de rua, entradas de edifícios e sobretudo transporte público(dentre outros).
Para o deputado, a proposta visa , essencialmente, reconhecer a importância dos deficientes visuais no seio social, “ou seja, tornando a população ao redor mais consciente das necessidades específicas da pessoa com deficiência visual, promovendo, assim, um ambiente mais acolhedor e inclusivo.”