Defesa Civil de Rio Branco diz que situação de locatários do Mercado Velho ainda é indefinida

Ainda é incerta a situação dos locatários de imóveis no Mercado Velho, segundo a Defesa Civil de Rio Branco. A erosão em um dos principais pontos turísticos da capital Acreana avança em média 1 centímetro a cada dois dias causando a interdição da região e o alerta para que os comerciantes deixem o local.

    “Foi conversado com os proprietários, foi feita uma documentação onde a maioria deles ou todos eles, concordam com a desapropriação e sendo indenizado para poder sair do local”, explicou o coordenador da Defesa Civil municipal, coronel Cláudio Falcão.

    A situação dos comerciantes alugam espaços na região, contudo, ainda não tem solução. Apesar de a data ideal para a liberação da área já ter passado, não há uma exigência imediata para que os comerciantes deixem o espaço.

    “Nós procuraremos novamente conversar com o prefeito e também com a Casa Civil da prefeitura na próxima semana, lá para terça feira (29). Para poder realmente juntos, encontrarmos uma situação, uma definição em relação a eles, envolvendo inclusive também a Câmara de Vereadores, porque faz parte desse processo”, enfatizou.

    Comerciantes expressam preocupações sobre a situação. Priscila Rodrigues, cabeleireira há mais de dez anos no local, relata que mudar de endereço não é viável, especialmente com os altos custos de aluguel em outras áreas. Muitos dependem da clientela construída ao longo dos anos e se sentem desamparados, sem suporte durante essa transição.

    “Pessoalmente, a gente não está preparado, não está estruturado para isso. Já estou aqui há mais de dez anos. Tem comerciante aqui que está há mais de 25 anos e de uma para outra ter que sair. Quer dizer, a nossa clientela pessoal a gente construiu aqui e de repente, ter que sair, às vezes sem ter recurso nem que para onde a gente vai. Eu procurei outro local aqui na frente e é o triplo do valor do que a gente paga aqui”, lamentou.

    Os frequentadores da região também lamentam a situação. “Eu frequentava com a minha família sempre que dava a gente frequentava. Só que da última vez que vim, achei muito perigoso”, comentou Arlete Freitas.

    A crise começou após a cheia histórica do Acre em março deste ano, que resultou em deslizamentos de terra e na interdição da passarela Joaquim Macedo.