Criminosos não se intimidam com a Operação Fecha Fronteira e matam duas pessoas
Mesmo com as forças de segurança nas ruas na “Operação Fecha Fronteira”, os criminosos não se intimidaram e duas pessoas foram mortas a tiros e golpes de terçado, na noite deste domingo (5) na capital. Os crimes ocorreram na Estrada do Mutum e no bairro Conquista.
O primeiro crime aconteceu no km 3, na Estrada do Mutum, um jovem ainda não identificado foi encontrado morto, com várias perfurações de tiros, sem as orelhas e ferido com vários golpes de terçado.
De acordo com informações da polícia repassadas a reportagem do ac24horas, o jovem estava caminhando em uma rua no bairro Alto Alegre, quando foi abordado por três homens, não identificados, membros de uma facção, em um carro de cor verde. Os faccionários em posse de armas de fogo obrigaram a vítima entrar no veículo e seguiram para a Estrada do Mutum. Ao chegarem no km 3, em frente a uma porteira de uma chácara, os criminosos começaram a torturar o jovem, arrancando-o as orelhas, em seguida desferiram vários golpes de terçado, na cabeça, costas e ombros e por fim executaram a vítima com vários tiros. Após a ação autores do crime fugiram do local.
Populares encontraram o corpo e acionaram a Polícia Militar, que isolou a área para os trabalhos dos peritos em criminalística.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para os exames cadavéricos e identificação.
Já a segunda ocorrência aconteceu na rua Karen no bairro Conquista, um jovem identificado como Ítalo da Silva Charife, de 20 anos, vulgo “fumaça” foi atingido com vários tiros efetuado por membros de uma facção que estavam em um veículo de cor branco.
De acordo com a polícia, a vítima estava caminhando em via pública quando os criminosos se aproximaram e efetuaram os tiros. Ítalo foi socorrido por um popular que o colocou em um carro e o levou ao Pronto Socorro de Rio Branco em estado de saúde gravíssimo. Ao dar entrada no hospital, o jovem não resistiu aos ferimentos e morreu.
Os autores dos crimes não foram presos na “Operação Fecha Fronteira”.
Os casos seguem sob investigação dos Agentes de Polícia Civil da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Redes Sociais
Na tarde de domingo (4), o Diretor Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen/AC), Lucas Gomes, usou as redes sociais para exaltar a “Operação Fecha Fronteira”, vindo a fazer uma crítica a um internauta que comentou sobre a operação na página do Modelo Marcelo Bimbi no Facebook.
“Quantas mortes tiveram desde que se iniciaram as operações?” Perguntou Lucas.
O internauta Alcides Aguiar deu a resposta.
“Diretor, Lucas gomes o senhor hoje pela tarde me questionou quando eu critiquei a forma que a operação está se dando. O senhor logo em seguida comentou fazendo uma pergunta, “quantas mortes tiveram após o início da operação?” Então eu atualizo para o senhor foram duas mortes na noite deste domingo (5) obrigado, boa noite”, comentou Alcides.
Críticas a “Operação Fecha Fronteira”
Vários Internautas e motorista Uber em Rio Branco chegaram a relatar a reportagem do ac24horas, que a “Operação Fecha Fronteira” só está nas vias principais e não dentro dos bairros. Relataram ainda que nas barreiras os policiais não estão fazendo as devidas abordagem.
“Eles não estão parando ninguém, ontem trabalhei das 18h até as 5h, eu perdi as contas de quantas blitz e barreira eu passei. Não me pararam nenhuma vez, eu poderia estar com arma, droga, o que eu quisesse, tocar o terror na cidade, está com bandido no carro, e não me pararam. Eles (PMs) estavam só olhando os carros passarem”, disse um motorista Uber.