Contrastes no Rio Acre: De cheia a seca em apenas 5 meses
Neste mês de agosto, um cenário de contrastes se desenha ao longo do Rio Acre, na região da divisa entre Brasiléia e Epitaciolândia, no Acre. Há apenas cinco meses, em março, o rio transbordou de suas margens e trouxe inundações que afetaram severamente a região, atingindo diversas famílias e causando desalojamentos. Agora, a realidade é completamente diferente, com o nível das águas extremamente baixo e o rio mostrando uma face de seca preocupante.
A transformação no estado do Rio Acre é notável e ilustra a intensidade das mudanças sazonais que afetam a região. Enquanto no início do ano as chuvas e a cheia causaram inundações e deslocamentos, hoje a seca predomina, trazendo consigo desafios igualmente complexos para as comunidades ribeirinhas.
No mês de março, muitos moradores tiveram que deixar suas casas e buscar abrigo em áreas mais altas devido à inundação das margens do Rio Acre. O transbordamento afetou casas, escolas e vias de acesso, deixando marcas visíveis na paisagem e na memória das pessoas que vivenciaram a cheia.
Agora, o cenário é oposto. O nível baixo do rio expõe o leito de areia e pedras que antes estavam submersos. O que era antes navegável com facilidade tornou-se uma paisagem de dificuldades para as atividades cotidianas das comunidades que dependem do rio.
As pessoas que enfrentaram as inundações recentes agora se deparam com a necessidade de lidar com a seca e suas implicações. A redução drástica no nível da água afeta a navegação, a pesca, o abastecimento de água e a própria paisagem ribeirinha.
A adaptação constante é uma realidade principalmente para os ribeirinhos. As estações do ano trazem consigo diferentes desafios, e os moradores precisam se ajustar rapidamente às mudanças para garantir sua subsistência. A seca atual traz preocupações com o aumento da presença de arraias e com a possibilidade de escassez de água.
O Rio Acre, com suas variações extremas entre cheia e seca, é um símbolo da resiliência das comunidades que vivem às suas margens. A capacidade de se adaptar a essas mudanças e continuar a vida diante dos contrastes extremos é uma marca das pessoas que chamam essa região de lar.