Climatização nas escolas do Acre proporciona conforto e bem-estar aos estudantes
Durante o governo de Tião Viana, as escolas públicas do Acre passaram por grandes transformações. Uma das principais é a climatização das salas de aula. Esse feito só foi possível porque em 2017 o governador, por meio da Secretaria de Educação e Esporte (SEE), criou o Programa de Climatização das Escolas.
A iniciativa foi implantada para climatizar 187 escolas estaduais dos 22 municípios do estado. Só em Rio Branco foram contempladas 94 escolas. Dessas, 79 (84%) já estão com todo o processo concluído. Para o restante, a previsão de conclusão é até dezembro deste ano.
Para isso, foram investidos R$ 29.166.613,70 na aquisição e instalação dos aparelhos de ar-condicionado e estruturação da rede elétrica desses prédios. Também houve a estruturação de auditórios com a compra de aparelhos de ar-condicionado e poltronas.
MAIS QUALIDADE DE ENSINO
A Escola José Sales, no bairro Universitário, foi uma das contempladas. Todas as suas salas agora são climatizadas. A diretora da instituição, Deuzimar Dankar, caracteriza como essencial esse processo, já que no Acre o clima equatorial se destaca por suas elevadas temperaturas em determinadas épocas do ano.
“Antes a temperatura era um elemento de dispersão dos alunos nas salas de aula, mas agora aqui na nossa escola esse argumento de impacto no processo de aprendizagem não existe mais. Melhorou 100% o ambiente escolar e a relação dos alunos com a escola”, destaca.
A gestora explica ainda que atualmente, além das 10 salas de aulas, ambientes como o espaço de leitura também estão climatizados. “Graças ao empenho da comunidade, que se uniu para comprar parte dos equipamentos, e do governo do Estado, que além dos aparelhos de refrigeração, arrumou a subestação [rede elétrica para comportar os equipamentos].”
“Eu passava a maioria do tempo fazendo leque para me abanar. Sem contar que o ventilador fazia muito barulho e a professora ficava quase gritando. Agora ficou mais ‘relaxante’, e eu até consigo escrever muito mais rápido que antes”, conta a estudante Paola Januário, do terceiro ano.
A instituição funciona nos dois turnos, com ensino fundamental do 1º ao 5º ano. A pedagoga Edilaide Abreu, que leciona na escola há oito anos, conta que foram muitas as mudanças após a climatização. “Sempre dei aula à tarde, que naturalmente é bem mais quente. Então, passávamos uns períodos bem abafados, os ventiladores não davam conta e os alunos ficavam bem agitados”, lembra.
A docente ressalta ainda que as altas temperaturas acarretavam outros agravantes. “O calor incomodava muito e algumas vezes os alunos sofriam problemas de saúde, como dor de cabeça. Hoje a realidade é outra: outra escola, outro ambiente e o comportamento dos alunos melhorou bastante”, explica.
Em termos práticos, a climatização das escolas acreanas está ajudando a melhorar a qualidade do ensino não só dos quase 500 alunos do Universitário, mas de aproximadamente 140 mil de inúmeras escolas das cinco regiões do Estado.
Além da José Sales, escolas como a Serafim Salgado e a Clícia Gadelha também foram instituições beneficiadas. A diretora de Ensino da SEE, Rúbia Cavalcante, destaca que o processo de climatização impacta diretamente no processo de ensino-aprendizagem dos estudantes.