Botija de gás de 13 kg passa de R$ 130 no Acre após novo aumento

Preço do gás de cozinha chegou a R$ 132 no Acre após reajuste da Petrobras — Foto: Aline Nascimento/g1

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A pensionista de Rio Branco, capital do Acre, Gleice Guimarães ainda não conseguiu calcular o quanto vai gastar com gás de cozinha após o reajuste anunciado pela Petrobras nessa quinta-feira (10). Antes, ela gastava cerca de R$ 360 em três botijas de 13 quilos compradas ao longo do mês. Com o aumento, o valor deve chegar aos R$ 400.

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É que a botija agora é comprada por até R$ 132 na capital acreana. Antes, o produto era vendido por R$ 120 a R$ 125.

Em Cruzeiro do Sul, botija de 13 quilos chegou a R$ 130 no dinheiro  — Foto: Bruno Vinicius/Rede Amazônica Acre

Em Cruzeiro do Sul, botija de 13 quilos chegou a R$ 130 no dinheiro — Foto: Bruno Vinicius/Rede Amazônica Acre

Em contato com algumas distribuidoras, a reportagem checou que o preço do gás varia se for comprado no dinheiro e no cartão.

Em alguns estabelecimentos o valor de à vista chega a R$ 128, buscando na distribuidora. Já comprando no cartão de crédito o produto é adquirido por R$ 130 a R$ 131.

As botijas de outros tamanhos saem do seguinte valor com o aumento:

  • Botija de 10 quilos – R$ 103 no dinheiro e R$ 105 no cartão;
  • Botija de 8 quilos – R$ 90 no dinheiro e R$ 92 no cartão;
  • Botija de 5 quilos – R$ 67 no dinheiro e R$ 69 no cartão

Os responsáveis pelos estabelecimentos afirmaram que os valores subiram a partir desta sexta-feira (11). Em Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade do Acre, o preço da botija de 13 quilos também chegou a R$ 130.

“Não tem condições. É aquele ditado: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. A gente precisa comer e dar de comer às crianças e temos que ir empurrando até quando der”, lamentou Gleice.

Botija de gás 13kg acre cruzeiro do sul — Foto: Bruno Vinícius/ Rede Amazônica

Botija de gás 13kg acre cruzeiro do sul — Foto: Bruno Vinícius/ Rede Amazônica

Cortes

A pensionista abriu o empreendimento na Baixada da Sobral há cerca de nove meses. Ela começou com três ajudantes, mas, com aumento dos preços dos alimentos e outros gastos, teve que dispensar duas para conseguir continuar com o negócio.

“Gasto três botijas por mês porque faço só almoço para vender. Saía a R$ 112 porque é para pensão. Já está difícil para o começo do ano, tudo caía e com um aumento desse termina de quebrar nossas pernas. Está tudo caro, a gasolina nem se conta”, criticou.

A marmita vendida na pensão sai para R$ 12. Agora com o aumento, Gleice planeja aumentar o valor da marmita. “Já tivemos cortes, tirei as duas meninas que estavam. Vou ter que aumentar o preço da marmita porque não vai compensar. Tem que ter um reajuste se não teremos que fechar as portas”, concluiu.