Aumenta em 20% o número de incêndios prediais em Rio Branco

Por Thais Farias, do Ac24horas 

Conforme o banco de dados do Corpo de Bombeiros de Rio Branco, a capital acreana registrou um aumento significativo no número de incêndios prediais. Uma pesquisa recente da corporação comprova que no primeiro trimestre de 2019, no período de 1° de janeiro a 12 de março, ocorreram 72 ocorrências de incêndios em diversas edificações.

Neste mesmo período do ano, em 2018, a equipe registrou 60 ocorrências de incêndios nessas circunstâncias, o que representa um aumento de 20% no número incêndios prediais com relação ao ano passado.

De acordo com o Major Cláudio Falcão, há vários fatores que podem ter colaborado para esse aumento, inclusive uma oscilação quase que natural. “Mas o mais provável é que as pessoas ainda negligenciam a questão de segurança na fiação elétrica. Muitas não acompanham a construção de suas edificações e acabam não adquirindo o melhor material”, explica.

Segundo ele, a principal causa de incêndios em residências ou prédios são ocasionados por deficiências na parte elétrica. Não há um tipo de edificação mais propícia a incêndios, mas, de acordo com os Bombeiros, aquelas que trabalham com alimentação sofrem mais, por trabalharem diretamente com gás e fogo. “A partir do momento que se perde o controle do fogo, se torna um incêndio de grande proporção”.

As incidências de incêndio em residências também ocorrem pelos mesmos motivos. “Tanto pela parte elétrica, quanto pela parte da má utilização de botijas de gás. Esquecer fogo ligado, não desligar aparelhos eletrodomésticos das tomadas se passar mais de um dia fora de casa também pode colocar em risco a segurança de pessoas”, garante o Major.

Precauções

O Corpo de Bombeiros orienta os cidadãos a conhecer, precisamente, o estado da estrutura física de suas edificações, em especial a parte de fiação elétrica. “É preciso fazer uma revisão em, no mínimo, cinco em cinco anos na parte elétrica. Normalmente, as pessoas não fazem isso”, ressalta.

Além disso, o ideal seria trocar a fiação elétrica a cada 10 ou 15 anos, ainda mais se o morador aumentar a carga de eletricidade do local. “Se comprar mais aparelhos eletrônicos, por exemplo, é necessário verificar se as fiações suportam essa carga maior. Se as pessoas se atentarem para esses itens de segurança, elas terão um ambiente seguro, tanto no comércio, prédio ou residências”, afirma Falcão.