Após renúncia de Morales, Secretário pede para que acreanos evitem entrar em território boliviano
O secretário de segurança pública do Estado do Acre, coronel Paulo Cezar, recomendou na na noite deste domingo, 10, ao ser questionado por ac24horas, que os acreanos e demais brasileiros que estudam ou trabalham em território boliviano evitem adentrá-lo. O posicionamento das autoridades do Acre ocorre após Evo Morales renunciar ao cargo de presidente da Bolívia, após uma escalada nas tensões no país. O anúncio foi feito em rede nacional, pela televisão na tarde deste domingo. O vice-presidente, Álvaro García Linera, também apresentou a renúncia. Evo ainda classificou a situação como um golpe.
O secretário do Acre, estado brasileiro que faz fronteira com Bolívia e que tem acesso direto com as cidades de Brasiléia e Epitaciolândia, afirmou o governo do Acre produziu dois relatórios de inteligência que foram encaminhados a União a respeito do assuntos nas últimas semanas. Cezar desta que um pelotão de choque está em Epitaciolândia prestando auxílio às forças de segurança na região.
“Eu acredito que diante dessas comunicações realizadas com o Comando de Operações Terrestres do Exército Brasileiro (Coter) e também com o Ministério da Justiça que a União deve adotar alguma providência no sentido de fortalecer a segurança na fronteira, mas de qualquer forma, as forças estaduais estão mobilizadas desde a semana passada no sentido de garantir o maior aporte de efetivo na região de fronteira”, destacou o secretário.
Sobre acreanos que trabalham ou estudam na fronteira, o secretário afirmou que “o ideal é evitar a entrada em território boliviano, tanto de estudantes ou como aqueles que trabalham nas cidades fronteiriças nos próximos dias até que essa situação volte a calma, volte ao estado de tranquilidade”
Cezar afirmou que acredita que o Itamaraty, através do serviço consular, vai estar conduzindo alguma tratativa no sentido de orientar brasileiros que moram realmente na Bolívia, haja vista que existe a possibilidade da decretação do Estado de Sítio e fechamento de fronteira.