Após 5 dias perdido na mata, trabalhador é resgatado pela Polícia Militar
Um trabalhador rural passou dias angustiantes na última semana, quando, ao se deslocar por um “varadouro” (trilha), perdeu-se em uma floresta no município do Bujari, a 24 km de Rio Branco.
Localizado por populares cinco dias após seu desaparecimento na Fazenda Tocantins, em local de difícil acesso, especialmente em decorrência do inverno amazônico, o homem de 55 anos apresentava debilidade física, por falta de alimento e sono. O quadro dificultou seu encaminhamento à sede do município para receber atendimento médico. Por isso, foi acionada a Polícia Militar (PM) para realizar o resgate.
Na ação, a PM empenhou o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), unidade que possui equipe treinada e experiente, além de equipamentos adequados para atuar em situações dessa natureza.
Com informações dos moradores da região, relatando que o local se mantém praticamente isolado nesta época do ano, devido a rios e igarapés que transbordam em decorrência do período chuvoso, os policiais militares traçaram a melhor rota e se deslocaram em quadriciclos por um percurso de aproximadamente 40 km em um ramal com lama, atoleiros e, ainda, sob forte chuva.
O homem foi encontrado no dia 3 de janeiro e os militares o levaram até o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Bujari, para receber os cuidados médicos necessários à sua recuperação.
“Quando ficamos sabendo da situação, fizemos um planejamento e buscamos os meios para que fosse possível chegar ao local. Traçamos uma rota alternativa, pois a rota principal estava inacessível, e levamos duas horas para chegar à sede da fazenda. A vítima estava muito fraca, com dificuldades para falar, machucado e basicamente sem roupas, que se rasgaram durante o período que ficou na mata e suas tentativas de sair. Tivemos muita dificuldade no retorno, pois por vezes a vítima ficava em vias de desmaiar e tínhamos que parar, dar água e esperar ele melhorar para seguirmos viagem. Graças a Deus, conseguimos êxito no resgate”, explicou o 1º sargento Elmagno.