Acesso à fronteira no Alto Acre vira corredor de exportação de droga, com apreensões quase diárias
A BR-317, último aceso do Brasil à fronteira com a Bolívia e o Peru, países apontados como os maiores produtores de droga do mundo, no Alto Acre, se tornou de fato um grande corredor de exportação de entorpecentes, principalmente de cocaína, um dos produtos ilícitos de maior valor no mercado do crime.
Diariamente são aprendidas grandes quantidades do entorpecente e presos traficantes de maior ou menor porte, como o casal Fabiana Carvalho e José Dutra Aguilera, presos duas vezes em menos de 15 dias, ou o caso de um funcionário público de uma cidade do interior, preso transportando quase 100 quilos de pasta base de cocaína.
A prisão ocorreu durante uma barreira da Polícia Rodoviária Federal (PRF), nas proximidades do posto do entroncamento de acesso à cidade de Xapuri, no início da noite do último dia 9, quinta-feira. A prisão ocorreu no momento quando os integrantes da guarnição da PRF deram ordem de parada para o veículo modelo Hyundai, que era ocupado pelo motorista e o carona.
O carona foi identificado como sendo um ex-vereador, libertado mais tarde quando o funcionário público admitiu ser ele o único dono da droga. Foi o nervosismo do motorista que levou os policiais da PRF a fazerem uma busca minuciosa no veículo até encontrarem a droga escondida no assoalho do veículo. na parte traseira. O fundo apresentava indícios de ter sido manipulado recentemente e apontava que ali seria fundo fake ou falso. Removida uma chapa de ferro, os policiais encontraram 95 quilos de cloridrato de cocaína.
Os dois presos foram levados para a delegacia da Polícia Federal em Epitaciolândia, mas, durante interrogatório, o ex-vereador foi inocentado pelo motorista, que está de licença prêmio e que já foi preso pelo mesmo delito de tráfico de drogas.