A defesa do réu é composta por oito advogados, que apresentaram recurso pedindo absolvição de Victor, alegando que os tiros foram efetuados em legítima defesa
Por Maria Meirelles – agazetadoacre
O policial federal Victor Campelo, acusado de matar a tiros, em 2016, o jovem Rafael Chaves Frota, em uma boate de Rio Branco, irá a julgamento no próximo dia 24 de janeiro.
Após seis anos e seis meses da data do crime, Victor será julgado pelo júri popular da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco. À época, o PF foi preso, em flagrante, pela acusação de homicídio contra Rafael, na madrugada do dia 2 de julho de 2016.
A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva, na audiência de custódia realizada no dia seguinte, mas, em agosto de 2016, foi expedido alvará de soltura do réu, que retornou ao trabalho, cumprindo suas atribuições funcionais, em unidade da corporação, situada em outro estado do país. Desde então, houve os trâmites do inquérito policial, culminando na sentença de pronúncia, decretada em 2019, confirmando o julgamento pelo júri popular.
A defesa do réu é composta por oito advogados, que apresentaram recurso, pedindo absolvição de Victor, alegando que os tiros foram efetuados em legítima defesa. O recurso foi negado pela Câmara Criminal. Posteriormente, foi interposto Agravo Regimental, sendo esse julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas também negado.
Na Cidade da Justiça, os jurados vão ouvir as informações das cinco testemunhas arroladas pelo Ministério Público do Acre e dez testemunhas da defesa. Devido à complexidade do caso, o júri popular deve se estender por mais de um dia, havendo a previsão de que a sentença seja prolatada até dia 27 de janeiro de 2023.